domingo, 20 de maio de 2007

Fixação Proíbida


Exposição do meu recente trabalho
patente até dia 26 de Maio na Galeria Esteta 7




Fixação Proibída


É nas paredes frias que se reflectem as marcas do tempo.
Nas intervenções públicas urbanas do nosso quotidiano, com e sem consciente de sentido.
As ruas transformam-se em corredores sem tecto, nós em habitantes avulsos.
As paredes parecem habitar-nos por fora!

O meu trabalho reflecte-se na luz dos Azulejos, e o que escuto é a minha crítica sobre o que vejo. Num encontro casual e inesperado dos sentidos, leituras e significados, são os pontos que me motivam e conduzem à prática da repetição da mensagem: uma forma de leitura visual contínua inserida num contexto real da sensibilidade e observação.

Tenho nos azulejos portugueses o meu pretexto, transmitindo o que nos dizem as ruas . As fachadas, bem como os cartazes que maltratam os azulejos, são aqui expressões do que as paredes nos dizem. A comunicação, os folhetos informativos, os grafittis ou as manifestações das pessoas, que quando já não têm azulejos semelhantes colocam outros no seu lugar, fazem também parte deste universo.

É uma procura de um percurso nestes desenhos, mensagens, nos ritmos da repetição existentes à nossa volta, em lugares como a Baixa Portuense ou o Bairro Alto em Lisboa, o que se respira entre paredes que falam através das intervenções que se inscrevem desenfreadas pelas fachadas de Azulejos Tradicionalmente Portugueses. E então encontro a minha observação envolta das histórias das coisas e do que resultam, são estes os pontos que entranham a minha vontade de falar mais alto, de sentir e de gritar...





"Paredes que têm ouvidos II" 2007
técnica mista s/tela
120x 220cm






Galeria Esteta 7
(entrada pela Galeria Por Amor à Arte, Porto)




Painél "Sabias que te amo I e II" 2007
técnica mista s/papel
90x 90cm x 2




Painél "Figuras Avulso 1;2;3;4;5;6" 2007
técnica mista s/tela
90x 90cm x 6


Sem comentários: