quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Afrontamentos 3

18 Out 2008 > 19 Nov 2008

Exposição colectiva "AFRONTAMENTOS 3 "
na Galeria João Pedro Rodrigues.




BEATRIZ ALBUQUERQUE , FILIPE CANHA , SÓNIA CARVALHO ,ANDRÉ FRADIQUE , SUSANA GUARDADO , VANESSA MUSCOLINO ,MANUELA PIMENTEL , ALDO PEIXINHO , PAULIANA VALENTE PIMENTEL ,JOÃO PEDRO RODRIGUES , JOÃO VILHENA , JOÃO GALRÃO

Projecto colectivo, o qual vários artistas plásticos apresentam uma obra cujo conceito "Afrontamentos" serve como matriz. Esta palavra ambígua, ganha uma particularidade plástica e conceptual ao confrontar o público com várias soluções em que é esperada uma reacção activa e não indiferente por parte deste, podendo variar do encantamento ao espanto, do erotismo à reflexão social. A intimidade é aqui questionada, assim como o conceito de espaço enquanto galeria ou espaço cultural, tendo as soluções artísticas a capacidade de o transformar, tal como o espectador, afrontado. Este Projecto pretende inter-agir com alguns centros culturais, museus e galerias, como no exemplo de "Afrontamentos 1", dupla de André Fradique e Vanessa Muscolino, na Galeria Projecto de Vila Nova de Cerveira e em "Afrontamentos 2" na Casa da Guia em Cascais, neste caso uma colectiva. Este projecto, não pretende ficar limitado a um único espaço físico, nem incluir sempre os mesmos artistas no seu projecto, conseguindo assim uma versatilidade e continuação, cruzando experiências de norte a sul do país por parte dos artistas e do público.




AMO-TE, + ou-?
Paredes que falam... paredes que falam comigo(!), com sentidos e sentimentos em formas de stencils. Cartazes e tantas outras frases ou imagens que passam mensagens +ou– discretas, todos com um propósito significado: o de comunicar. E não sou só eu que vejo, nem que sinto.
...terão os outros as mesmas sensações? Talvez sim, talvez não, talvez +ou–. Não sei, mas gostava de saber!
Mas que paredes são estas que falam e que ouvem, que respiram os sentidos e os significados das coisas deste quotidiano urbano?...
E de repente, estou à procura de um percurso nestes desenhos, nos ritmos da repetição e no que se respira entre paredes que falam através das intervenções que se inscrevem por todos os lados. E então encontro-me na minha observação envolta das histórias das coisas e do que resultam... Sim, porque o que eu escuto é a minha crítica sobre o que eu vejo.
Fascina-me a pulsação dos sentimentos que, irónicamente, nos acariciam em paredes frias. Trovadorescas provas de amor gravadas no testemunho da cidade.
AMO – T E, PEDRO
Amo-te rita
Sabias que te amo, maria
amo-te amo-te amo-te amo-te
Amo-te para sempre joao

Hoje, também eu fui testemunha desse amor. Torna-se público. Torna-se nosso. E é tão importante dizer “amo-te”, que terei de o escrever até à exaustão.
São mensagens de amor, que se insinuam pelas paredes, indiferentes a conceitos estéticos, sem regras nem sentidos de ordem.
Desafiando +ou- janelas e postigos, cimento e azulejos, como se as casas e os edificios fossem as molduras destas instalações de caracter tão artístico(?).
... já agora, hoje amo + ou - ?



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